
FNE apresenta estudo durante XVIII Congresso Latino-Americano de Medicina Social e Saúde...
A Federação Nacional de Enfermagem (FNE) participa do XVIII Congresso Latino-Americano de Medicina Social e...
A Federação Nacional de Enfermagem (FNE) participa do XVIII Congresso Latino-Americano de Medicina Social e Saúde Coletiva, de 6 a 8 de agosto de 2025, no campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Em sua 18ª edição, o congresso se consolida como um dos principais espaços de debate sobre saúde coletiva no continente. Realizado, bienalmente, e de forma itinerante entre países da América Latina, o evento deste ano é organizado pelo Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), com foco na construção de sistemas universais de saúde, na defesa da democracia, dos direitos sociais e na discussão sobre a determinação social do processo saúde-doença.
A programação inclui conferências, mesas-redondas e apresentações temáticas, com o objetivo de fortalecer a troca de experiências, a produção de conhecimento crítico e a articulação de estratégias comuns entre os países latino-americanos.
Durante o evento, a presidenta da FNE, Solange Caetano, em coautoria com o diretor Péricles Cristiano Batista Flores, apresenta o estudo “Preconceito Histórico de Gênero na Enfermagem”. A pesquisa discute como a construção social da enfermagem, associada historicamente ao cuidado, à compaixão e à empatia — atributos considerados tradicionalmente femininos — contribuiu para consolidar a profissão como predominantemente feminina. Tal vínculo reflete a divisão sexual do trabalho, reforçando estereótipos que posicionam enfermeiras em papéis subordinados, sobretudo em relação à medicina.
A análise evidencia como esses estigmas de gênero impactaram a evolução da profissão, fazendo com que o cuidado prestado pelas enfermeiras fosse percebido como uma extensão das tarefas domésticas femininas. Isso resulta em desvalorização profissional, precarização das condições de trabalho e em uma relação hierárquica desigual com médicos, em que muitas vezes as enfermeiras hesitam em contestar decisões médicas, mesmo em situações que exigem atuação crítica.
A FNE repudia fortemente esses estereótipos e ressalta a importância de combatê-los. O estudo tem como propósito refletir sobre a origem e os impactos desse preconceito histórico, propondo caminhos para a construção de uma sociedade mais justa, com políticas públicas voltadas à equidade de gênero, à valorização da enfermagem e ao reconhecimento da profissão a partir da competência técnica e ética de seus profissionais.
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