23/05/2025 17:34

Reunião da EBSERH causa frustração e indignação na FNE e entidades presentes

A reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), realizada no dia 21/05/2025 no Rio de Janeiro, terminou sem avanços concretos, gerando forte indignação por parte da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE). A Federação esteve representada pela vice-presidenta Shirley Morales e pelo assessor jurídico André Caetano.

Tendo como pautas prioritárias, o teletrabalho, a responsabilidade técnica e insalubridade dos técnicos de radiologia, a expectativa era de que houvesse retornos positivos, o que não se concretizou. Para a FNE, a reunião foi frustrante e o relatório sobre o Grupo de Trabalho (GT) que discute o teletrabalho, nada transparente. “Conforme a gestão da EBSERH apenas em julho sai o parecer final, mas ainda sem um indicativo preliminar desse relatório que foi apresentado”, criticou a vice-presidenta.

Para os(as) trabalhadores(as), o teletrabalho, implementado durante a pandemia e   suspenso em 2023, é uma ferramenta essencial principalmente para profissionais com a saúde comprometida. Entretanto, a empresa sinalizou que, caso seja retomado, será apenas em caráter de exceção, sem consenso com a categoria, o que foi duramente rebatido pela FNE.

A regulamentação da responsabilidade técnica na enfermagem foi outro ponto sensível e que não avançou conforme o esperado. A proposta apresentada pelas entidades é que os trabalhadores recebam uma gratificação em forma de pecúnia ou redução de carga horária, porém a EBSERH já sinalizou que a análise ainda está em fase de elaboração de relatório, para posteriormente ser enviado a Divisão de Gestão de Pessoas (DIV-GPE), inclusive com avaliação do impacto econômico. Outra questão que também não avançou durante a reunião, foi o da insalubridade dos técnicos de radiologia.

A FNE criticou ainda a decisão de realizar uma reunião fora de Brasília, o que dificulta a composição do quórum necessário, resultando no esvaziamento das discussões, além de dificultar o acesso a responsáveis técnicos de outros setores.